domingo, 28 de outubro de 2012

sempre a periferia



Ontem, tive mais uma vez uma sensação kairótica de que não há como impedir o avanço da ordenação feminina entre os batistas brasileiros como resultado de uma ousadia proporcionada pelo Espírito Santo ao insuflar coragem a mulheres vocacionadas e comunidades batistas.
Tem sido assim aqui no Rio de Janeiro. Para alguns poucos líderes ainda motivo de perplexidade, para a maioria, o desfrutar de um renovo. Aquela sensação boa de estar participando de um momento significativo na vida religiosa de uma denominação como a nossa. Esse Rio de Janeiro tão judiado pelo poder público e tão rico da presença evangélica, seja no quantitativo de igrejas de várias denominações por metro quadrado, seja no crescimento numérico operado pelo evangelismo "gospel" das igrejas da zona sul, seja no antropofagismo religioso das comunidades de periferia, seja na sisudez da Convenção Batista Fluminense, seja, ainda, na neutralidade da Convenção Batista Carioca, esse Rio tem desfrutado de muitas experiências belas de ordenação ao Ministério da Palavra de mulheres batistas.
Ontem, 27/10/2012, testemunhei mais uma vez o que os batistas fluminenses e cariocas podem fazer. A ordenação da irmã Eneide da Silva Pereira Lopes, da Igreja Batista Memorial de Mesquita foi marcada pela naturalização de uma realidade na vida denominacional e, sobretudo, na vida de sua igreja. O espírito de alegria e o  reconhecimento da igreja sinalizaram para os presentes a seriedade da decisão que a própria comunidade tomou ao convocar um concílio para a o exame da irmã Eneide. Em sua fala final, ela mesma testemunhou a respeito de seu esposo que disse a ela no início de todo o processo que ele não poderia obstruir a obra que o Espírito Santo estava fazendo na vida dela e de sua igreja. É a esse "eis aqui o servo do Senhor, cumpra-se a sua vontade" que precisamos, ministros, cada vez mais nos render.
Participei também neste ano do concílio e ordenação da pastora Isabela Calil na PIB em Vicente de Carvalho. E ainda há outros que tive notícia, mas não pude ir.  Para mim, depois de 13 anos, imaginem como é bom saber que vem "coisa boa" da nossa Galiléia.

Pra.Silvia Nogueira